A pandemia de Coronavírus afetou a economia mundial, com impacto negativo nos mercados financeiros, acarretando queda nas bolsas de valores e na rentabilidade dos investimentos em Renda Variável. Nos fundos de pensão, é compreensível a preocupação de participantes e assistidos com o reflexo disso nos resultados dos investimentos de seus planos de benefícios.
Contudo, é importante lembrar que eventuais variações negativas na rentabilidade de investimentos são ocorrências pontuais, de curto prazo, perdendo significado quando é realizada uma avaliação da evolução no longo prazo – esse, sim, o critério realmente importante. Como exemplo, vale lembrar a crise financeira internacional de 2008, que fez a bolsa “mergulhar” de 73 mil pontos para menos de 31 mil pontos e, logo depois (em menos de 3 anos), recuperar a sua posição anterior e gerar expressivos ganhos para os investidores desde então.
Além disso, quando se trata de bolsa de valores e demais aplicações em Renda Variável, há perda quando se resgatam os investimentos migrando-os para outros investimentos, em outras modalidades. Mesmo que haja a venda de ações, existe grande possibilidade de recuperar rapidamente o seu preço no médio prazo e voltar a gerar ganhos expressivos.
Os investimentos em renda fixa, por sua vez, geralmente contam com rentabilidades prefixadas (taxa de juros contratada + inflação, por exemplo) para um determinado prazo. E o seu resultado contábil considerado no presente depende da forma de contabilização definida: se é feita levando-se em conta a “marcação a mercado”, com o valor daquele título pelo seu preço na data presente; ou a “marcação a curva”, com a rentabilidade adquirida no momento da compra até seu vencimento.
Considerando esses aspectos, a Prevdata manterá as estratégias adotadas, de acordo com o estudo de ALM – Asset Liability Management e com as Políticas de Investimentos vigentes, que privilegiam as aplicações em Renda Fixa e buscam menor exposição aos riscos da Renda Variável. A saber, os investimentos em Renda Variável no Plano PRV Saldado representaram, em fevereiro, 12,35% do valor patrimonial do Plano – número abaixo do limite (de 30%) estabelecido em sua Política –, enquanto no Plano CV – Prevdata II, o segmento representou 28,07% do valor patrimonial do Plano – também abaixo do limite (de 45%) estabelecido na Política de Investimentos.
Resultados em fevereiro
Na Prevdata, o presente cenário fez com que a rentabilidade auferida no fim do mês de fevereiro fosse negativa nos dois planos: -0,49% no Plano PRV Saldado e -1,60% no Plano CV – Prevdata II. Esse resultado se deve principalmente à variação negativa significativa dos investimentos em Renda Variável (-7,28% e -6,77%, respectivamente), muito embora esses resultados tenham sido melhores do que o apresentado pelo Ibovespa (-8,28%).
Cabe reforçar que tais índices representam apenas um registro contábil negativo. No Plano CV, especialmente, o momento também é de oportunidade para a realização de APORTES, pois a cota passará a valer menos em abril – mês em que o impacto da queda de fevereiro será realmente sentido.
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